domingo, 29 de junho de 2008

As muitas vidas de Valêncio Xavier

Foto: Cristiane Lemos

Os cineastas Pedro Merege e Beto Carminatti com Valêncio Xavier (ao centro) e seu fusca em foto de 2004: paixão pela cultura

Aos 75 anos, escritor radicado em Curitiba ganha cinebiografia, adaptação de sua obra para as telonas e versão de seu livro mais famoso para teatro

Rafael Urban
Equipe da Folha*


Marcos Borges
Beto Carminatti já pensa em um terceiro longa-metragem: ‘A vida e obra dele são muitos filmes


Marcos Borges
Gravação na Cinemateca de Curitiba tomada pelos amigos e familiares que vão ajudar a reconstruir em filme a memória de Valêncio Xavier

Beto Carminatti, como todo adolescente típico dos anos 70, não era dos mais silenciosos quando assistia a um filme no cinema. Na Cinemateca do Museu Guido Viaro, criada em 75 e mais tarde, em 98, rebatizada como Cinemateca de Curitiba, Carminatti ia com freqüência com seu irmão Rui Vezzaro e as respectivas namoradas. Era bagunça na certa. ''E o Valêncio não curtia isso. Para ele, cinema era algo sagrado, que não permitia essas molecagens'', conta Carminatti. O Valêncio de sua frase é, de batismo, Valêncio Xavier Niculitcheff, o homem por trás da criação da Cinemateca, espaço que deu origem a toda uma geração de cineastas.

''Com toda e absoluta certeza, esse grupo, conhecido como Geração Cinemateca, não existiria sem a atitude de Valêncio. O que ele fez foi um ato heróico'', enaltece um dos expoentes do grupo, o cineasta Fernando Severo. O ato de heroísmo foi promover a criação de um espaço cultural dentro da prefeitura da cidade, com poucos recursos e uma programação vasta. ''Vi diversas retrospectivas e pela primeira vez muitos dos filmes do Cinema Novo. E lá tive aula de montagem com o Peter Przygodda, editor dos filmes do diretor alemão Wim Wenders, e de direção com (os cineastas brasileiros) Ozualdo Candeias e o Rogério Sganzerla'', lembra.

Xavier não é apenas o criador do espaço que deu abertura a toda uma geração do cinema paranaense. É também um escritor de reconhecimento nacional, celebrado a partir de 98, quando sua obra passou a ser editada pela Companhia das Letras. ''O Mez da Grippe e Outros Livros'', escrito desta forma, com grafia de época, reúne uma série de trabalhos e foi listado entre os mais vendidos da Revista Veja.

''Ele já tinha sentido esse reconhecimento antes, quando foi para São Paulo, onde escreveu no Estado e na Folha. Foi aí que ele se deu conta do quanto era admirado'', explica a filha de Valêncio Xavier, a engenheira de alimentos Ana Pasinato Niculitcheff, 35. ''Meu pai sempre falou da dificuldade de ser reconhecido em Curitiba e entendia isso como uma característica do povo daqui.''

Há três meses nasceu Laila, filha de Ana e a primeira neta de Valêncio. ''É só uma pena que ele não esteja bem para curtir esse momento. O Alzheimer faz com que tenhamos de dividir as atenções entre ele e a pequena.'' Depois do diagnóstico, em 2002, Valêncio Xavier ainda escreveria um conto publicado no livro ''Rremembranças da Menina de Rua Morta Nua e Outros Livros''.

Xavier veio para Curitiba em 68, para trabalhar no Canal 6, deixando para trás a São Paulo da infância, retratada no livro ''Minha Mãe Morrendo e o Menino Mentido'', e o emprego com Sílvio Santos. Na época, escrevia para os programas do apresentador que comprava horários nas TV Globo e Tupi. A função incluía roteirizar, ao lado de Tulio de Lemos, ''Namoro na TV''. ''Mas meu pai não se considerava paulistano. Ele dizia: 'Sou curitibano'. E por isso mesmo escreveu sobre a cidade'', lembra a filha Ana.

Em ''O Mez da Grippe e Outros Livros'', ele retrata o surto da gripe espanhola na Curitiba de 1918. Usa de imagens de arquivo, jornais da época e trechos que ele mesmo escreveu e que descrevem a trajetória de um estuprador. A estética não-usual em que combina imagem e texto é uma marca de sua obra. ''Ele foi dos escritores precursores da multimídia'', comenta Cristovão Tezza, escritor nascido em Lages (SC), mas que mora no Paraná desde os dez anos de idade.

A opinião de Tezza é compartilhada pelo professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Paulo Venturelli. ''O trabalho de Valêncio é extremamente de vanguarda. E quebra a estética realista, marca da literatura brasileira atual.''

Venturelli entende que Xavier é um autor também reconhecido no Paraná. ''Há muitos alunos de mestrado e doutorado escrevendo teses sobre a sua obra'', diz. ''Pela sua inquietude e preocupação metalingüística, se destaca dos demais. Valêncio Xavier é um autor de ponta.''


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Biografia e adaptação para longa-metragem

De freqüentador assíduo da Cinemateca, nos anos 70, Beto Carminatti virou cineasta e leitor compulsivo da obra de Valêncio Xavier. ''Ele escreve como se estivesse fazendo o roteiro para um filme.'' Carminatti levou ao pé da letra a sua afirmação e no lugar do roteiro levou o livro ''O Mez da Grippe e Outros Livros'' para o set de filmagem na adaptação da obra que realizou ao lado de Pedro Merege, também discípulo do escritor e cineasta.

O filme, que já está pronto, deve ser lançado no segundo semestre. ''Estava preocupada, pois apesar de a obra do meu pai ser bastante cinematográfica, achava que era impossível de ser adaptada ao cinema. Mas fiquei orgulhosa. É um filme que carrega o clima dos livros'', comenta Ana Pasinato Niculitcheff, filha do escritor.

O longa ''Mystérios'' nasceu da parceria com Merege, com quem Carminatti já tinha trabalhado no belo curta ''O Mistério da Japonesa'', também adaptado da obra de Valêncio. O cineasta, porém, não quis parar por aí e já está filmando um segundo longa. Intitulado ''As Muitas Vidas de Valêncio Xavier'', o filme é uma biografia sobre o escritor.

Há três anos, com a pesquisadora de cinema Solange Stecz, gravou algumas cenas com Valêncio em sua casa. O material será somado àquele que Carminatti está realizando agora.

''A cena de abertura é a Cinemateca sendo tomada pelas pessoas que vão ver os seus filmes e, depois, através de depoimentos, reconstruir a história do Valêncio'', explica o diretor.

A pesquisadora Solange Stecz fala com carinho de Xavier. ''Quando ainda estava na faculdade de Jornalismo, ganhei um concurso de crítica na Cinemateca. O prêmio era um livro de cinema. Fui conversar com Valêncio e lhe disse que queria o 'Curitiba de nós', escrito por ele e ilustrado pelo Poty (Lazarotto). Ele gostou tanto daquilo que não apenas ganhei o livro como o cargo de estagiária.''

Harry Luhm, 78 anos de idade e boa parte deles dedicados ao cinema, conheceu Valêncio quando o escritor foi diretor do Museu da Imagem e do Som (MIS), nos anos 80. ''Ele era extremamente dedicado e um tanto quanto temperamental'', conta.

O jeito forte e por vezes ríspido de lidar com as pessoas é lembrado pelo colega Fernando Severo. ''Como todo gênio, ele tinha os seus rompantes.'' Luhm recorda de algumas noites que Valêncio passou em sua casa telecinando o filme argentino ''Tango'', o que foi feito debaixo de muita discussão. ''O Valêncio sempre tinha razão e eu discutia com ele por achar que eu tinha mais razão, mas ele nunca concordava.''

No projeto do documentário, Carminatti ainda propõe uma viagem a Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo para gravar depoimentos de personalidades como José Rubens Siqueira, Jean-Claude Bernardet, Eduardo Coutinho, Vladimir Carvalho e Arnaldo Antunes; pessoas que tiveram contato com Valêncio Xavier ou que têm uma relação forte com a sua obra. O cineasta pretende ainda restaurar trechos dos curtas de Valêncio a serem utilizados no longa.

A obra cinematográfica do paulistano radicado em Curitiba foi toda realizada de maneira independente e com condições técnicas simples. ''A lentidão da tecnologia não alcançava a velocidade de seu raciocínio'', comenta Carminatti. (R.U.)


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'Grippe' no teatro

Não é apenas no cinema que a obra de Valêncio Xavier ganha destaque. No dia 24 de julho, estréia em Curitiba ''Mez da Grippe'', no Teatro Novelas Curitibanas. No palco, a Pausa Cia. de Teatro, companhia jovem, criada em 2005, busca a sensualidade no texto de Xavier.

''E como faz para levar isso ao teatro? Essa resposta a gente ainda não tem'', comenta o ator da companhia Rodrigo Ferrarini. ''Consideramos o (Paulo) Leminski e o (Dalton) Trevisan, mas foi na obra de Valêncio que encontramos o desafio maior.'' O trabalho será dirigido pelo carioca Moacir Chaves, que Ferrarini considera o melhor diretor de atores do País. (R.U.)


* Reportagem originalmente publicada no Caderno Folha 2 do Jornal Folha de Londrina, do dia 29/06/2008.

Sobre o texto: o “Mez da Grippe” é arrebatador. A reportagem é a minha primeira colaboração ao Folha 2, caderno de cultura do jornal.

Ponto de partida: ler “Mez da Grippe” durante a faculdade foi algo incrível. Me dava conta ali que outra literatura era possível. Mais tarde, ainda na universidade, descobri que Valêncio não era apenas um baita escritor, mas o grande responsável pela Cinemateca de Curitiba. Aumentou aí a minha curiosidade de saber um pouco mais sobre sua vida. As filmagens da cinebiografia concluíram com chave de ouro essa idéia.

A reportagem: aproveitei para ler as obras de Valêncio que ainda desconhecia. Quando fiz as primeiras entrevistas, ainda por telefone, uma questão começou a martelar minha cabeça. Merege, Solange, Severo e mesmo Carminatti me sugeriram que eu não deveria citar a doença que acomete Valêncio desde 2002: o Mal de Alzheimer. “A família não gostaria de ver isso publicado”, me disseram. Carminatti chegou a propor que eu conhecesse Valêncio, o que não foi aceito pela família. De algum modo, já estava resignado que a família não iria dar um depoimento.

No dia 24 de julho, uma terça-feira, os ventos mudariam de direção. Fui acompanhar a gravação dos primeiros depoimentos de “As muitas vidas de Valêncio Xavier” – título do qual me aproveito e utilizo na matéria. A Cinemateca estava tomada não apenas pelos amigos e conhecidos de Valêncio, mas por Ana, sua filha, com a neta Laila no coloco. Ela estava um tanto receosa, mas topou falar comigo numa boa. Não toquei no assunto da doença de seu pai, mas, por alguns momentos, ela citou o assunto, comentando que tinham de dividir as atenções entre ele a pequena Laila. Conversamos por um bom tanto, em que ela me falou de como era ser filha de Valêncio Xavier. Escrevi um trecho sobre a conversa, que acabou cortado pela editora da versão final (afinal de contas, a página de jornal tem seus limites físicos), e que reproduzo abaixo:

Eu queria um pai normal
Quando era criança, Ana Pasinato Niculitcheff escutava alguns nomes estranhos nas constantes conversas que seu pai tinha ao telefone: Polanski, Visconti e Saura. Pouco mais tarde, se encantaria com a exibição de “Bodas de sangue”, na Cinemateca. Depois, viveria próxima daquele universo, chegando a trabalhar na bilheteria de um dos cinemas administrados pelo pai. Quando adolescente, estava certa de uma coisa: queria um pai médio, um pai normal. “Eu achava que se ele fosse advogado, médico ou dentista não passaríamos tanta dificuldade”, conta, uma vez que Xavier não entrava apenas com a paixão e dedicação em seus projetos como com o dinheiro do próprio bolso.

Ana sentia-se livre para fazer suas escolhas. Conta que seu pai nunca insistiu para que visse um filme ou lesse uma obra do escritor argentino Jorge Luis Borges. “Eu falava: ‘Pai, faz a minha tarefa da escola?’, e ele me dizia: ‘Filha, você tem que aprender sozinha’.” Na adolescência sentiu a pressão por ter um pai especial, mas de uma coisa estava certa: queria trilhar um caminho diferente. “Olhava para ele e pensava. ‘Não quero ser comparada a você.’ Também não queria ser apenas uma versão medíocre do que ele era.” Ana acabou optando pela engenharia de alimentos. No mundo das artes, chegou a flertar com a fotografia, o que deixou o pai bastante animado.

O que parecia um fardo, mais tarde Ana percebeu como uma dádiva. “Hoje dou graças a Deus por ter nascido nessa família. Noto que o que há de melhor em mim eu aprendi com ele.” (R.U.)

Depois, tirei algumas dúvidas com Ana pelo telefone. Sua mãe, dona Luci, não quis dar entrevista. Mas a filha fez a ponte, repassando algumas perguntas simples. Eu precisava saber qual a época que tinham vindo em definitivo para Curitiba. A voz de dona Luci, que eu escutava ao fundo da ligação, lembrava dos detalhes. Falei de um livro que estava buscando (“Rremembranças...”) e Ana me disse que eu poderia buscá-lo em sua casa no dia seguinte, pois ela tinha um exemplar para me dar. A sala de estar da casa de Valêncio Xavier, no bairro Ahú, é pequena e aconchegante. Nas paredes, algumas pinturas e duas gravuras do amigo Poty. Ana chega e se diz preocupada por me fazer esperar. Eu, do lado de cá, estava feliz por ela me dar a oportunidade de estar ali. Ela me apresenta o livro ''Rremembranças da Menina de Rua Morta Nua e Outros Livros'', o último publicado por Valêncio e me diz que aquela cópia é para mim. Lamenta por Valêncio não poder autografá-lo.

“Uma coisa sobre esse livro é que o meu pai queria que tivesse sete contos, pois tem um em que ele trabalha com o número 7. Por isso, ele escreveu o conto ‘Coisas da noite escura’. É o único publicado e escrito depois do diagnóstico da doença. E, que me lembre, é a primeira vez que conto isso para alguém.” Ana assentiu: sim, aquela era uma informação que poderia estar na matéria. Fiquei triste, pois, na edição, parte do trecho acabou cortado e o nome do conto acabou ficando de fora. “Coisas da noite escura” encerra-se assim: “O padre tina rosto cinzento e os olhos vermelhos, as unhas compridas e afinadas na ponta, isso tudo me deixou assustado e resolvi sair: ‘Boa noite senhor padre, vou para o hotel’. ‘Não, não vai. Vai ficar aqui’, disse ele. E me matou, eu Valêncio!

Estou morto.”

“Rremembranças” é de algum modo, um retorno ao “Mez da Grippe”. Ana ainda me conta que “Macao”, um dos contos do livro, é um dos favoritos de seu pai. Das coisas que não couberam na página de jornal, essa matéria foi pródiga. Foram muitos depoimentos interessantes que ficaram de fora – como os de Eloi Pires Ferreira, Pedro Merege ou mesmo outros trechos de Severo, Carminatti e Solange. Tentei contato com a editora que levou Valêncio à Cia. das Letras, mas não consegui falar com ela. Por alguma razão que desconheço, ela não topa falar do assunto.

Ainda me restava a questão que me atormentava. Conversei com a editora da sucursal, Drica, que falou: “Rafael, se não aparece na matéria o porquê de ele não dar um depoimento, isso só chama mais à atenção das pessoas.” Matéria terminada, eu liguei para Ana, filha de Valêncio. – Olá Ana. – Ah! Oi, Rafael. – Ana, gostaria de citar a doença de seu pai na matéria, mas quero que seja algo sutil. Você topa que eu leia o trecho para você e você me diz se está razoável? – De acordo. – (aqui eu leio o trecho...) – Rafael, está respeitoso. Gostei sim. Pode colocar (...) – assim, um peso de algumas toneladas deixou o meu peito.

Repercussão: Eduardo Baggio, cineasta, amigo e professor de cinema, leu a matéria e comparou o trabalho ao de um cronista, relatando o seu tempo – idéia que, por sinal, me apetece. Sugeriu a leitura das crônicas jornalísticas de Rubens Braga. Severo e Solange leram e gostaram da matéria, sem maiores exaltações. A editora do caderno Folha 2, de Londrina, Phoenix Finardi, ficou um tanto furiosa com o tamanho da reportagem que enviei. Por um engano, contei errado os caracteres e ultrapassei uns 30% o permitido – o que levou ao corte do trecho que reproduzi acima e a cortes no box sobre o longa, especialmente trechos em que ambientava a gravação. Quando devolvi os livros que Ana me emprestou (além do que ela me deu ela deixou comigo um livro sobre a história da TV no Paraná e outro sobre a Cinemateca de Curitiba, que reproduz a bela carta de fundação), deixei um exemplar do jornal com ela. Porém, desde então não nos falamos. Não sei como a família recebeu a reportagem.

Beto Carminatti achou tenebrosa a escolha de sua foto, com uma lâmpada sob seu rosto e que abre a página de jornal. "Os amigos do norte (do Estado) me ligaram tirando sarro, dizendo que parecia que eu tinha saído nas páginas policiais", me disse Carminatti ao telefone bastante entristecido. Quanto ao texto, ele julgou que "tentou tratar de diversos assuntos, mas que ficou bacana", comentou, por fim, sem muita exaltação. "Cara, fiquei tão abalado com a foto, tão chateado, que nem dei muita bola para o texto. E não foi um, nem dois, muita gente me ligou falando da imagem. Confiei no fotógrafo; na hora de fazer a foto, não achei que ele cometeria tamanha infelicidade."

Erros, lapsos e confusões: a grafia de época de ''Rremembranças” acabou ficando sem o segundo “r”. Tinha avisado a editora sobre “Mez da Grippe”, mas não deixei claro que a grafia não usual também era o caso do outro livro.

Para completar, segue um pequeno quadro com as obras de Valêncio Xavier publicadas pela Cia. das Letras:

"O mez da grippe e outros livros"
328 páginas, Companhia das Letras (1998), R$ 59

"Minha mãe morrendo e o menino mentido"
224 páginas, Companhia das Letras (2001), R$ 53

"Rremembranças da menina de rua morta nua e outros livros"
144 páginas, Companhia das Letras (2006), R$ 42,50

2 comentários:

Túlio disse...

muito bom o blog, Rafael. Bom conhecer o "making-off" das matérias... Linkei seu blog no meu. volte sempre! um abraço.

Anônimo disse...

Parabéns pela reportagem, Rafa!
Está excelente!
Eu ainda preciso esmiuçar melhor o Valêncio, coisa que quero fazer esse ano (tanta coisa em 2009 que ele vai precisar ter 300 dias a mais!). Ele, o Karam e o Catatau leminskiano não me escapam, para falar dos "locais"!
Abraços